Paradigma:
O termo surgiu inicialmente em Linguística na teoria do signo linguístico criada por Ferdinand de Saussure, na qual relacionava o signo ao conjunto de elementos que constituem a língua. O paradigma seria o conjunto de elementos linguísticos que podem ocorrer no mesmo contexto ou ambiente. Os elementos são substituídos por outros que vão ocupar a mesma posição. Por exemplo, na Gramática o verbo “cantar” serve de paradigma à primeira conjugação porque irá se flexionar em várias formas e outros verbos terminados em “ar” seguirão esse modelo.
Na filosofia, um paradigma está relacionado com a epistemologia, sendo que para Platão, um paradigma remete para um modelo relacionado com o mundo exemplar das ideias, do qual faz parte o mundo sensível.
O norte-americano Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), físico e filósofo da ciência, no seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas” designou como paradigma as “realizações científicas que geram modelos que, por período mais ou menos longo e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados.”
O paradigma é um princípio, teoria ou conhecimento originado da pesquisa em um campo científico. Uma referência inicial que servirá de modelo para novas pesquisas.
Paradoxo:
É portanto uma ideia lógica que transmite uma mensagem que contradiz a sua estrutura. O paradoxo expõe palavras que apesar de possuírem significados diferentes estão relacionados no mesmo texto, por exemplo “Quando mais damos, mais recebemos”, “O riso é uma coisa séria”, “O melhor improviso é aquele que é melhor preparado”.
A identificação de paradoxos tem auxiliado o progresso da ciência, matemática e da filosofia. Na filosofia, paradoxo é um termo consagrado pelos filósofos estoicos para designar o que é aparentemente contraditório, mas que, apesar de tudo, tem sentido.
Os paradoxos ditos verídicos produzem um resultado absurdo embora seja demonstrado como verdadeiro. Os paradoxos falsídicos mostram um resultado que parece falso como também é falsa a demonstração. – Todos os cavalos são da mesma cor. Num conjunto onde existe um único cavalo, todos os cavalos são da mesma cor.
Um paradoxo, que não é verídico nem falsídico pertence à classe da antinomia, que é uma declaração que chega a um resultado auto-contraditório, aplicando meios de raciocínio aceitáveis.